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KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
Senhora das Tentações
UM LUGAR AO SEU LADO
CROSSFIC - TWILIGHT E MOONLIGHT


Título: Um Lugar Ao Seu Lado
Autora: Cristiane de Oliveira Borges (KristyAnne)
Co-autora: Caroline Soares (Carolzinha)
Shippers: Edward/Caroline, Mick/Kristy
Gênero: comédia, romance, sexo, policial
Censura: NC/17
POV: 1ª pessoa
Terminada: [ ] sim [x] não
Capítulos: Indefinidos
Beta-reader: None

Outras fanfics de minha autoria:
- Moonlight (série): 'Moonlight Ressurreição', 'Minha Amada Imortal', 'The Guardian of the Time'(não publicado) e 'Angels on the Moonlight' (não publicado);
- The Mentalist (série): 'Kill Me, Yourself - The Patrick Jane's Diary';
- Supernatural (série): 'The Revenge' (em parceria com Jana Nelli);
- Near Dark (filme de 1987): 'Near Dark: Quando Chega a Escuridão' (não publicado);
- Ator Alex O'Loughlin: 'Amnésia'.

Obras inéditas:
- Romance/drama: 'The Insanity's Way' (não publicado) e 'My Secret' (não publicado).


-->
Fic dedicada a minha amiga pessoal Caroline Soares.
-->
Cada parte é narrada por um dos protagonistas em 1ª pessoa de forma alternada.


ATENÇÃO: para quem não leu os livros da saga Twilight, aviso que contém alguns spoilers.


Como não preparei um Prólogo, vamos direto ao first chapter. afro



Última edição por KristyAnne em Qua 2 Jun 2010 - 0:31, editado 7 vez(es) (Motivo da edição : Atualizar título)

KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
Senhora das Tentações
CAPÍTULO I
Encontros





1ª Parte:


Eu simplesmente saí do aeroporto de Seattle louca da vida. Meu chefe havia me mandado para aquela cidade fria. Eu, que amo o sol e o calor do meu Brasil, agora estava ali, em pleno inverno, enfiada em um casaco pesado, me equilibrando para não cair na calçada molhada.

Acenei para o taxista que passou veloz, jogando água sobre mim. ‘Ótimo!’, bufei, deixando as malas no chão e sacudindo o casaco. Na minha distração, não percebi o rapaz alto que se aproximou de mim. Olhava para baixo quando vi os sapatos molhados aparecerem no meu campo de visão. Ergui o olhar e aquele rapaz simplesmente lindo, sorria para mim.

- Precisa de ajuda? – perguntou gentil.
- Bem... talvez... quero dizer... sim, preciso de um táxi. – consegui dizer após quase me engasgar com o vislumbro que fiquei.

Ele acenou em direção à rua e depois colocou dois dedos na boca, assobiando alto e estridente. Fiz uma careta quando o som atingiu meus tímpanos. O táxi parou e ele abriu a porta para mim. O motorista desceu e pegou as malas, colocando-as no porta-malas.

- Obrigada! – agradeci sem jeito.
- Disponha. – inclinou levemente a cabeça. Até parecia ter nascido em outro século com aquela educação que não se via ultimamente. O sotaque, o jeito de se portar. Apenas sorri e ele fechou a porta. Batendo no teto do veículo, fazendo o motorista arrancar.

Girei a cabeça e fixei o olhar na figura dele através do vidro de trás do táxi. À medida que nos afastávamos, aquele lindo rapaz ficava pequeno e distante, até desaparecer por completo, quando o taxista contornou a esquina.

- Para onde senhorita? – perguntou olhando-me pelo retrovisor interno.
- Seattle Post. – respondi me aconchegando melhor no banco traseiro.

Acho que devo me apresentar. Meu nome é Caroline Soares e sou jornalista. Estudei minha vida toda no Brasil e consegui uma bolsa integral para cursar jornalismo em Amsterdã. Claro, embora odiasse frio, não perdi a oportunidade. Você perderia?

Quando retornei ao Brasil, oito anos depois, consegui um ótimo emprego no jornal de uma grande emissora de TV. Mas agora, eu havia sido escolhida para uma longa temporada de trabalho em parceira com o renomado Seattle Post, o maior jornal escrito naquela parte do EUA.

Meu chefe estava eufórico quando recebeu a proposta diretamente do diretor daquele jornal. E ele queria a melhor. Então, aqui estou. Ensopada, cheia de malas, subindo o elevador do edifício onde ficava o escritório central do Seattle Post.

Era para ter alguém a minha espera no saguão do aeroporto. Logicamente, essa pessoa havia me esquecido. Devo comentar que sou uma tragédia ambulante. Uma desastrada de plantão. Pelo menos isso nunca afetou meu ótimo desempenho como repórter.

Todos me encaravam e eu tenho certeza que corei, podia sentir as maças do meu rosto esquentarem. Quando cheguei à recepção, a ruiva me olhou com desdém. Eu tentava equilibrar o peso das malas, do casaco e de mim mesma sobre o salto 15 que tive a infelicidade de colocar.

- Em que posso ajudá-la? – a voz da ruiva foi seca e de repulsa.
- Procuro Paul McIntyre. – falei ainda tentando segurar as malas que escorregavam em minhas mãos.

Uma das alças da mala menor soltou, batendo na que eu segurava desajeitadamente na mão. Resultado: acabei escorregando na água que caía de mim empossada no chão, quando tentei, em vão, segurar ambas as malas. Agora éramos a água, as malas e eu, todas nós esparramadas no chão.

- Ninguém vai ajudar a moça? – gritou um sujeito magro, alto e moreno, com um cavanhaque ralo na face e olhos cor de avelã.
- Está tudo bem. – falei tentando levantar, mas o chão continuava escorregadio.
- Voltem ao trabalho! – bravejou e estendeu a mão para mim.
- Obrigada! – agradeci já de pé.
- Desculpe, mas acho que está no lugar errado. – comentou olhando para as malas.
- Ah! É que era para alguém me buscar no aeroporto e como não havia ninguém, achei melhor vir direto. – expliquei sem jeito.
- Oh meu Deus! Caroline Soares certo? – deu um tapa na testa e me ajudou a levantar.
- Sim, essa sou eu. – sorri confusa.
- Sou Paul, seu editor. – segurou minha mão sacudindo-me inteira com o cumprimento. – Desculpe, esqueci de pedir ao Alan para buscá-la. Mas venha, por favor. – puxou-me pela mão e fui literalmente arrastada ao escritório dele.



******



Continua...

3Um Lugar ao Seu Lado - CrossFic Twilight/Moonlight - Atualiz. 02/06/2010 Empty COMENTÁRIOS - UM LUGAR AO SEU LADO Qui 28 maio 2009 - 17:58

Tania38

Tania38
Imaculada
Imaculada
Oi Kristy!
Cross Fic! Acho que vou gostar muito. Já começou com um astral ótimo. Parabéns pra Carolina! E pra vc!
Bjo

KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
Senhora das Tentações
Oie Taninha!
A Carol me pediu pra se ver ao lado do Edward, então estou escrevendo a fic pra ela. Mas, não resisti, acabei me incluindo.... kkkkkk
Pretendo manter o astral lá em cima, sem deixar o romance e um pouco do mistério de lado.... só pra apimentar o clima entre os casais.
Apesar da participação do Mick, a história se concentrará mais no shipper Edward e Caroline.... rsrs

Obrigada pelo comentário! Espero que se divirta com a fic...

Bjokas

afro lol!

KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
Senhora das Tentações

2ª Parte:


Vendo-a se distanciar naquele táxi, senti que estava perdendo algo. Não sei bem como explicar. Eu costumo ouvir os pensamentos das pessoas, mas ela me deixou curioso. Seus pensamentos eram desconexos e cheios de vida ao mesmo tempo.

Fiquei ali parado na chuva por mais uns segundos após o táxi virar a esquina. Retomei meu trajeto para dentro do aeroporto. Alice estava chegando e não gostava de ficar esperando.

Lá estava ela, emburrada, encarando-me com seus olhos dourados. Batendo os pés e com os braços cruzados. Ela me xingava em pensamento, pois sabia que eu estaria ouvindo. Não pude conter o sorriso, era divertido o modo como ela falava comigo.

- Desculpe a atraso de... – consultei o relógio. – cinco minutos?
- Você nunca se atrasa e sei exatamente onde estava. – ela jogou uma mochila para mim e puxou a alça de metal da mala que trazia, ficando ao meu lado enquanto caminhávamos pelo saguão.
- Então sabe que eu estava ajudando uma moça a conseguir um táxi. – eu ainda sorria e olhava para ela de canto de olho.
- O pior é que sei onde isso vai dar. – fungou.
- O que? Nunca mais vou vê-la. Isso é fato! – repliquei.
- Ah! Você a verá novamente. Antes mesmo do que espera. – ela parou e me fitou antes de passarmos pela porta automática do saguão para a grande Seattle.
- Sabe. Às vezes eu odeio esse seu dom. – arrumei a alça da mochila no ombro e voltei a caminhar. Ela me acompanhou sem dizer mais nada.

Existe algo peculiar em minha família que você deve saber. Somos vampiros. Mas somos diferentes, pode-se dizer que somos ‘vegetarianos’. Pois só bebemos sangue de animais.

Alice é minha ‘irmã’, posso chamar assim. Ela tem o dom de prever fatos futuros, embora sejam subjetivos, podendo mudar conforme a vontade de quem ela foca seus pensamentos. Além de Alice, outros membros de minha família são Emmett, Jasper e Rosalie. Eu sou Edward Cullen. O primeiro ‘filho’ de Carlisle e Esme Cullen.

Eu morava com minha família perto de uma cidadezinha chamada Forks, no Estado de Washington. Mas, há alguns anos eu fui embora e nunca mais voltei lá. Confesso que foi por causa de uma garota. Que amei da forma mais intensa e pura que pude. Embora tudo caminhasse para sermos eternamente um do outro, algo saiu errado e eu não podia ficar para testemunhar minha própria derrota. Se ela está bem? Alice sempre me dá relatos de tudo, mesmo que eu implore para não o fazer. Até onde sei, Isabella Sawn está viva e feliz ao lado daquele cachorro Jacob Black. Quando me refiro a cachorro, digo de forma literal, pois ele é um Lobisomen.

O que aconteceu entre nós? Recuso-me a relembrar. Já é dolorido demais encarar essa nova vida sem minha amada Bella. Estou tentando recomeçar. Ver o mundo com olhos mais racionais. Moro sozinho nas proximidades de Seattle. Minha família continua em Forks e sempre estão por aqui me visitando.

- Aposto que está pensando na Bella? – Alice soltou o comentário no meio do caminho até minha casa.
- Estou tentando esquecer. Poderia não falar o nome dela? – pedi mal humorado.
- Já tem dez anos Edward. Se ela tivesse que se arrepender, já o teria procurado. – ela tocou meu ombro.
- Não me importo! – olhei-a duramente e ela entendeu, calando-se.

Acelerei ainda mais meu Volvo. Eu havia trocado o modelo e a cor há cinco anos. Agora era um conversível preto, do qual Alice ficara encantada quando o viu pela primeira vez.

- Quanto tempo pretende ficar? Não estou dizendo que não a quero aqui, só para saber mesmo. – abri a porta da sala e ela foi entrando, deixando um rastro de água por todo o lado. A chuva aumentara durante o percurso do aeroporto até minha casa.
- Só enquanto precisar de mim. – ela me encarou enigmática.
- Ah! Então está aqui porque teve uma visão?
- Estou aqui para evitar que faça uma tolice. – ela sorriu sutil e subiu as escadas até o quarto que escolhera como seu.
- Ok! A casa é sua. – joguei a mochila dela no sofá ao lado da porta.
- Eu sei! – ela piscou divertida e eu fui para meu quarto. Senti uma necessidade enorme de ouvir música clássica.



***



Continua...

KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
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3ª Parte:


Finalmente pude descansar. Paul era uma ótima pessoa e me recebeu super bem. Deu-me cinco dias de folga, antes mesmo que eu pudesse assumir meu cargo no jornal. Ele disse ‘Sinto muitíssimo tê-la feio esperar e ainda chegar até aqui, embaixo dessa chuva toda. Tire cinco dias para se recompor e apresente-se na segunda’. Ele falava rápido demais e gesticulava feito um louco. Além de falar comigo, com alguém no telefone do jornal e com outra pessoa no celular.

Fiquei de olhos arregalados tentando imaginar como ele conseguia falar com três pessoas ao mesmo tempo, assuntos totalmente diferentes. Será que ele tinha seu lado feminino mais aflorado? Bem, quando esse pensamento me ocorreu eu dei uma gargalhada abafada diante dele, o que o deixou curioso. Tenho certeza que corei as maçãs do rosto novamente de tanta vergonha. Ele parou de falar e me encarou e eu soltei um ‘Desculpe. Lembrei-me de uma piada.’

Longo dia e agora, eu olhava para aquela imensa cama de hotel. Joguei-me nela, balançando o corpo naquele colchão de molas até cansar e me aconchegar entre os lençóis e travesseiros.

Acordei pela manhã aos gritos. Eu não tinha um pesadelo há anos. Eu estava caminhando numa floresta quando encontrei com aquele rapaz do aeroporto. Ele tocou meu rosto de forma delicada e eu estremeci. Afastou meus cabelos do ombro, deixando meu pescoço a mostra. Beijou suavemente o lóbulo de minha orelha, descendo os lábios frios até meu pescoço. Passou a língua suavemente por toda a extensão do meu pescoço até que me mordeu.

Eu não podia me mexer e quando o encarei, os olhos claros tinham se tornado negros como a escuridão. E aquele jeito comportado que me lembrava deu lugar a certa agressividade, que senti quando ele me apertava e sugava meu sangue como um animal.

Passei as mãos no rosto e o suor pingava de minha testa. Meu coração parecia que ia pular pela boca de tão acelerado. Aos poucos consegui me concentrar e minha respiração voltou ao normal. Mas a imagem dos olhos negros e a sensação da mordida ficaram em mim por muito tempo.

Após o café da manhã, decidi passear por Seattle. E aonde uma mulher, recém chegada na cidade, iria? Não fui necessariamente às compras, mas caminhei animada pelas calçadas e olhava as inúmeras vitrines sedutoras.

Ah! Sapatos! E aquele em especial chamou minha atenção. Olhei em volta indecisa. Encarava a vitrine praticamente sem piscar. E aquele strass transpassado na tira fina que sobrepunha a linda sandália de salto alto foi o chamariz para meu consumismo.

Se você já assistiu uma série de TV chamada ‘Sex and the City’ irá conseguir visualizar exatamente a cena em que eu me encontrava. Bastaram quinze minutos dentro da loja. Sai pelas ruas desfilando meu Manolo azul Royal com o strass transpassado na tira fina. Maior que o sorriso estampado em meu rosto, somente aquela maquiagem que fazem nos palhaços de circo.

Meus dias de folga foram assim. Conhecendo a cidade e levando sacolas de compras supérfluas para o hotel. No último dia, eu estava sentada em um café típico americano, tomando um cappuccino quente. A tarde estava fresca, o céu nublado, e um vento agradável tomava conta do ar.

Meu celular vibrou e tocou alto dentro da bolsa. Alguém normal manteria a música ‘I’m to sexy’ como toque? Naquele momento, com todos os olhares voltados para mim eu odiei minha amiga Kristy por ter mexido nas configurações do meu celular.

- Só não cometo um homicídio agora, porque você está a muitos quilômetros de distância. – bronqueei em tom grave.
- Tem apenas cinco dias que está no EUA e já esqueceu a educação? – ela riu do outro lado da linha. – Como está Carolzinha?
- Sozinha! Isso não é nada bom. Você sabe que quando fico sozinha eu gasto. Desse jeito vou acabar com a poupança que economizei a duras penas pelos últimos dez anos. – falei melancólica.
- Estou admirada! Você não consegue ficar em um lugar por um minuto sem que faça amizades. Por acaso está enclausurada? Seu chefe é um carrasco sanguinário? – ela continuava rindo.
- Engraçadinha! Na verdade, estou de folga. Começo amanhã.
- Esse é o emprego que eu queria. Já começa de folga. – agora ela ria mais alto.
- Quando você vem me visitar? – mudei de assunto.
- Estou saindo na semana que vem. Mas você sabe, preciso passar em LA primeiro.
- Aquele caso ainda? – perguntei.
- É! Fiquei sabendo de um detetive que vai poder me ajudar.
- Porque não deixa isso de lado?
- Nunca! Eu soube que ele está no EUA. Se esse detetive for realmente tão bom quanto dizem, terei minha vingança. – o riso esvaiu-se e a voz dela tomou um tom rancoroso.
- Você é quem sabe. Quando vier, não se esqueça de ligar antes. Já devo ter alugado um apartamento.
- Ok! Agora tenho que desligar. Se cuide!
- Você também.


Finalmente, meu primeiro dia de trabalho. Eu estava eufórica e nervosa ao mesmo tempo. Eu ainda organizava minha mesa quando Paul entrou na minha sala feito um furacão. Dei um pulo quando a porta bateu forte contra a parede assim que ele entrou.

- Assustei você? – perguntou agitado.
- Não. Eu que estava distraída. – menti.
- Pegue suas coisas. Está tendo um assalto no Banco AMN no Centro. Há reféns e quero todos os detalhes. Não saia de lá até que tudo termine, bem ou mal. – ele jogou minhas novas credenciais sobre a mesa. Olhei a foto e torci os lábios, meu editor no Brasil só podia ter feito isso de propósito!
- O que ainda está fazendo aí? Já para a rua! – falou ansioso demais para ser ríspido.
- Ok! Não estou mais aqui. – respondi aos tropeços, entre pegar minha bolsa, e sair correndo pela porta.




***



Continua...

Carolzinha


Imaculada
Imaculada
Querida, estou amannnnnnnnnndo!!!
adorei me ver numa situação assim.. se quiser uma parceria, ajudo vc... sabe que tenho muitas ideias... do que fazer com Edward Cullen então, hummmmmmmmmmmmm....rsrs
Beijos, obriagada!
Amo você!!!

KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
Senhora das Tentações
Valeu amiga linda!!

bicota

KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
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4ª Parte:


Odiava voar. O balanço do avião, a turbulência que às vezes acontecia, me deixava nervosa. Eu agarrava forte o apoio de braço e rezava para todos os santos e deuses de todas as religiões. Não tenho nenhum preconceito, principalmente, quando o assunto é minha vida.

Enfim, avistei LA pela janela. Olhar para fora era difícil, meu medo de altura deixava meus músculos paralisados. Desembarcar foi um alívio. Quase beijei o solo como sempre fizera o saudoso Papa João Paulo II.

Cruzei o saguão do aeroporto internacional de LA louca para chegar logo ao hotel e descansar. Não tive problemas para conseguir um táxi e para me acomodar no hotel três estrelas que escolhi pela internet. Não me incomodava o fato de ser um lugar simples, o importante era que eu estava com meus pés no chão e a salvo.

Depois de um banho relaxante, me atirei na cama king size de casal. Abri minha bolsa que estava jogada numa poltrona do lado da cama. Tirei um cartão amassado de dentro da carteira. Peguei o telefone, pedi uma linha externa à telefonista e disquei, torcendo para que não fosse muito tarde, felizmente não era, pois ele atendeu.

- St. John. – a voz firme e sexy dele me deixou um segundo sem fala. – Alô?
- Sr. St. John, gostaria de agendar um horário. Quero contratar seus serviços de investigador.
- Pode adiantar o assunto?
- Quero que encontre uma pessoa. Detalhes só pessoalmente. – insisti.
- Claro. Estou livre depois de amanhã no fim da tarde. Tem o endereço do meu escritório, Sra...?
- Tenho. Até lá então. – depois que desliguei que percebi que não havia mencionado meu nome. Será que fui assim tão rude? Esperava que ele não tivesse ficado chateado com esse lapso de minha parte.

Eu havia feito uma pesquisa na internet sobre os melhores detetives do EUA. Mas, um amigo recém chegado de LA, com o qual conversava via MSN me falou sobre Mick St. John. Comentei que não havia encontrado o endereço do escritório dele pela internet. Michael me mandou por email a inscrição de St. John no órgão credenciado de investigadores particulares de LA. Fiquei mais aliviada. Michael me disse que Mick era muito discreto e igualmente eficiente, talvez até mais.

Alguns dias depois eu recebera uma carta de Michael, com o cartão de Mick St. John. Um recado breve do meu amigo acompanhava o cartão, ‘Achei melhor lhe enviar o cartão. Fique com ele e boa sorte’.

No dia seguinte, saí para almoçar. O hotel não oferecia almoço. Fui até o centro de LA e, após um lanche, caminhei um pouco. Voltei até o carro alugado, dirigi para conhecer a cidade. Fiquei admirada quando parei diante da Universal Studios e da Warner Bros. Nossa! Eu parecia mesmo uma turista naquele momento, apesar de não estar ali para turismo.

Já era noite quando retornei ao hotel. Tomei uma ducha, me troquei e saí novamente. Ouvi dizer que a noite em LA era muito agitada, já que eu tinha tempo livre, resolvi conferir.

Após alguns bares, eu acabei em uma boate de jazz. Nem sei exatamente como fui parar ali. Já fazia uma fileira de copos de whisky diante de mim no american bar. Senti uma mão fria tocar meu ombro, eu pulei num sobressalto.

- Desculpe! Não queria assustá-la. – falou o rapaz alto, loiro, cabelo curto, olhos claros e sorriso malicioso.
- Não foi nada. – voltei a encarar meu copo.
- Posso me sentar ao seu lado? – perguntou educado demais.
- Tanto faz. – falei demonstrando desinteresse, na esperança de que ele não tentasse me seduzir. Eu não estava ali para isso.
- Por que uma mulher bonita como você está sozinha num lugar desses?
- Aqui não é tão ruim. Senão um homem rico como você não estaria aqui também! – o encarei séria e esbocei um sorriso.
- Como sabe que sou alguém de posses? – perguntou formal.
- Seus trajes, sua postura e seu linguajar. – conclui gesticulando um pouco demais.
- Perspicaz. Adoro mulheres inteligentes e perceptivas. – ele sorriu.
- E eu odeio homens pomposos e arrogantes. – engoli o resto do whisky e dei de ombros, pagando a bebida e saindo do bar.

Dei graças a Deus por ele não me seguir. Passei pelas calçadas escuras, já era bem tarde. Ficava imaginando por que estacionara tão longe. Ao passar diante de um beco eu ouvi um murmúrio. Curiosa como toda boa taurina fui averiguar.

Havia uma moça caída ao lado de uma lixeira. Aproximei-me perguntando se ela estava bem. Não obtive resposta, apenas o choramingo de dor que ela emitia. Agachei ao lado dela, toquei de deve seu ombro, fazendo uma pequena pressão para ela se virar.

Ela girou o pescoço, me encarou com olhos vazios e brilhantes. Avançou para mim e senti uma dor profunda no pescoço. Quando olhei novamente, vi o rosto dela desfigurado, sangue escorrendo pela boca grande da mulher. Ergui a mão, tocando meu pescoço. Olhei meus dedos ensopados, escorrendo algo vermelho vivo. Minha visão ficou embaçada e senti a boca dela novamente em meu pescoço.

Um formigamento tomou conta do meu corpo, senti a vida se esvair de mim, não consegui gritar. Eu pedi perdão mentalmente, havia muitas pessoas que eu magoei para chegar até ali. Já não tinha mais forças, eu tentava afastá-la de mim, mas ela era muito forte.

Um pouco antes de perder a consciência eu ouvi uma voz familiar ordenando que ela me soltasse. Senti meu corpo bater no chão duro, ouvi um rugido grave, seguido de outro mais agudo, depois algo que parecia uma briga, coisas quebrando e baques surdos, como se o corpo de alguém fosse arremessado contra a parede.

Ossos quebrados, eu supus, minha audição já não era tão confiável naquele momento. Um breve silêncio e senti meu corpo flutuar. Na verdade eu estava sendo carregada. A voz próxima ao meu ouvido dizia, ‘Está a salvo agora’. Eu não tinha certeza quanto a isso até acordar num sofá e ver o rosto dele sentado do outro lado da sala, diante de mim.

Quando o encarei ele sorriu. Posso dizer com certeza que me apaixonei por ele naquele momento. Embora minha razão me alertasse para não confiar no que meu coração sentia.



***


Continua...

10Um Lugar ao Seu Lado - CrossFic Twilight/Moonlight - Atualiz. 02/06/2010 Empty 5ª Parte Sex 3 Jul 2009 - 21:30

KristyAnne

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5ª Parte:


Los Angeles sempre fora uma cidade encantadora e igualmente perigosa. Principalmente porque existem mistérios ocultos nas sombras, que a maioria dos mortais não tem consciência.

Eu era alguém assim. Tão envolto em meus problemas humanos que ignorava os acontecimentos ao meu redor. Foi exatamente minha cegueira e ignorância que me levaram direto ao meu infortúnio. Era o ano de 1955 quando me apaixonei e essa paixão a causa da minha ruína.

O telefone do escritório tocou, tirando-me de minhas lembranças já há tanto distantes. Em um primeiro momento, apenas ouvi a respiração dela. Logo depois ela falou. Uma nova cliente! Ótimo! Eu sabia pela sua respiração que não era uma vampira. Tudo o que eu necessitava naquele momento, um caso normal e humano.

Marquei para dali a dois dias. Eu tinha alguns assuntos pendentes e depois seria todinho dela, no sentido profissional, é claro.

Terminei um caso de adultério e outro de desaparecimento. O segundo caso foi um vampiro que me contratou.

Naquela noite marquei com meu amigo Josef. Um vampiro da alta sociedade e que adora a boa vida que tem. A parte é alguém exigente e muitas vezes estressado. Mas, sempre foi um ótimo amigo.

Eu me atrasei. Estacionei e, antes de entrar no pub senti que algo estava errado. Apurei meus sentidos e consegui ouvir e sentir o cheio forte de vampiro, no caso uma vampira. Caminhei rapidamente até o beco e encontrei a jovem sendo sugada. Ordenei que parasse e a vampira jogou o corpo da garota no chão, avançando contra mim.

Brigamos feio. Embora a vampira em questão fosse forte, era jovem e sua falta de habilidade me ajudou a dominá-la. Liguei para a faxineira que não demorou a chegar. Levaram a rebelde e eu peguei a garota vitimada nos braços.

Ela entreabriu os verdes olhos e me fitou, mas duvido que tenha visto meu rosto. Seu coração batia devagar e seu corpo estava gelado. No meu apartamento, deite-a no sofá.

Apertei um pouco a ferida em seu pescoço, o sangue escorreu vívido. Passei a língua e identifiquei o sabor: A-. Eu não costumo ter esse tipo sanguíneo guardado em meu freezer secreto. A+ é meu preferido. Liguei para meu fornecedor e amigo Guilhermo no necrotério.

Em menos de vinte minutos um de seus ajudantes bateu a minha porta com a encomenda. Fiz a transfusão de sangue naquela moça, mais alguns minutos e não haveria esperança para ela. Bem, se ela estivesse morrendo, eu não saberia o que fazer. Já havia passado por isso antes, deixando quem eu mais amava morrer. Por que não a transformei? Eu vivo cada dia odiando o que sou, não poderia imputar a ela essa vida. Seria egoísmo demais de minha parte.

Mesmo assim, quando me deparo com situações semelhantes, eu hesito. Talvez por, mesmo após tantos anos, ter dúvidas sobre minha omissão naquele dia fatídico.

Terminada a transfusão eu limpei tudo, inclusive a ferida. Ajeitei-a melhor, consegui outro cobertor. Agora eu ouvia seu coração bater mais compassado. Sentei-me na poltrona diante dela e esperei.

Finalmente, após algumas horas, ela acordou. Quando seus olhos verdes me encararam, embora confusos, eu os admirei. Tinha mais vida naquele olhar do que eu imaginei. Algo que me confortava, que me fazia sentir... humano.

- Está segura agora. – falei suavemente, olhando fixamente para ela.
- O que aconteceu? – ela passou a mão na testa e depois me olhou assustada, levando a mão no pescoço. A ferida estava ali e ela sentiu com a ponta dos dedos. – Ah! Droga!
- Do que se lembra exatamente? – perguntei meio preocupado. As pessoas não reagem bem quando descobrem que existem vampiros andando livremente entre elas.
- O cara loiro e bonito no bar. A garota chorando e depois ela me atacou. É sério? Ela me mordeu! Como isso é possív... – ela nem completou a frase, ouvi o coração dela acelerar novamente, os olhos assustados tomarem um ar de incerteza.
- Fique calma. Está tudo bem. – levantei e caminhei vagarosamente até ela.
- Nada está bem! Acabo de descobrir que... – agora ela me olhou em dúvida. – Deixa para lá, com certeza bati a cabeça quando aquela louca me agarrou.

Ela sentou-se e eu sentei ao lado dela curioso sobre sua reação. Com certeza a ‘ficha caiu’, como se diz hoje em dia. Mas ela resignou-se a falar sobre o assunto, limitando-se a inventar alguma desculpa sobre o que acabara de descobrir.

- Você realmente bateu a cabeça. Perdeu muito sangue, por sorte eu estava por perto. - Ah! Obrigada por... salvar minha vida. Acho que lhe devo uma. – tirou a mão do pescoço e tocou a minha que estava sobre meu joelho.

Fiquei atônito por um segundo e sem saber exatamente o que estava fazendo, segurei a mão dela, entrelaçando nossos dedos. Voltei o olhar de nossas mãos para seu rosto vívido e ela sorriu. Novamente senti-me vivo e quente, era algo extraordinário o que ela me fazia sentir.

- Sabe o que me ocorreu? – ela soltou minha mão e levantou-se acanhada.
- Não tenho o dom de ler pensamentos. – falei brincalhão.
- Ainda não sei seu nome.
- Ah! Claro. St. John. Mick St. John. – levantei e estendi a mão para ela.
- Não acredito nisso! – ela apertou a minha mão e agora me olhava espantada.
- O que foi? – perguntei curioso.
- Eu tinha certeza que já ouvira sua voz antes.
- Como assim?
- Tenho hora marcada com você hoje à tarde.

Essa era a coincidência mais estranha que tive o prazer de experimentar. Destino? Você acredita nisso? Eu não, até agora.


***



Continua...

KristyAnne

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Senhora das Tentações
Senhora das Tentações
6ª Parte

- Espere Srta. Soares! – berrava o rapaz com cabelo cor de fogo, sacudindo uma das mãos em minha direção.
- Tenho que cobrir um assalto. Não posso dar atenção a você. – falei correndo até o elevador e o rapaz me seguia afoito.
- Espere... eu vou com a Srta!
- Para que? – olhei rapidamente para trás, tempo suficiente para perder o elevador.

Eu vi a porta do elevador aberta e corri para alcançá-la antes de se fechar. Nada de errado nisso, se a idiota aqui não tivesse olhado para trás quando o cabelo cor de fogo gritou e não verifiquei se a porta ainda estava aberta ao continuar correndo até ela.

Minha cabeça girava. Via vultos se formando ao meu redor. Agora eu sentia uma dor aguda me acometer a testa e o nariz. Será que tinha quebrado o nariz? Talvez fosse hora de fazer uma plástica, unir o útil ao agradável. Se tivesse que enfaixar a droga do nariz, então que fosse por uma boa causa.

- Ai! Essa doeu. – resmunguei aturdida.
- A Srta. está bem? – perguntou a voz aguda do cabelo cor de fogo.
- Não graças a você. – alguém segurou meus ombros e me ajudou a sentar no chão.
- Desculpe. Eu não tinha a intenção de distraí-la. – ele pareceu sincero.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AÍ? – gritou Paul ao fundo do corredor.
- Ah merda! Se ele souber que ainda estou aqui, com certeza voltarei ao meu país sem carta de referência.
- Nada chefe! Deixei umas coisas caírem e só. – gritou a morena magrela que tinha me ajudado a me sentar.
- Voltem logo ao trabalho! – diminuiu o tom de voz, mas ainda parecia bem aflito.
- Obrigada. – agradeci e ela, juntamente com o cabelo de fogo, me ajudou a levantar.
- Tome! Vai precisar. – ela me entregou um analgésico.
- Obrigada. De novo. – sorri sem jeito.
- Estamos atrasados. – o cabelo de fogo me puxou pelo braço. Agora eu me certifiquei que o elevador estivesse ali antes de me aventurar dentro dele.

- Oi! Eu sou Kevin. Seu fotógrafo e cameraman. – ele pegou minha mão e apertou de leve.
- Ah! Não sabia que tinha um cameraman. – sorri desconsertada.
- E como a Srta. achou que iria cobrir o assalto?
- Errr... – nem consegui responder. Ele tinha razão e eu havia me esquecido desse detalhe. Acho que aquela cidade não estava fazendo bem para meus queridinhos neurônios.


- Como está o nariz? – ele perguntou enquanto montava a câmera fotográfica profissional. Estávamos a poucos metros da barreira policial diante do banco.
- Acho que não está quebrado. Mas dói bastante ainda. – pude sentir a dor ao tocá-lo e fiz uma careta quando imaginei que pudesse estar roxo.
- Não está ruim. Só um pouco vermelho. – ele piscou e eu sorri agradecida.

- O local está cercado! Não tem como fugir! Liberte os reféns e poderemos entrar num acordo! – berrava o policial no megafone.
- SEM ACORDO! – foi a resposta que se pode ouvir através da fresta da porta do banco.

Um homem encapuzado segurava uma moça diante de si, com uma arma na cabeça dela. Embora as portas fossem de vidro transparente, os bandidos haviam descido as persianas, deixando os policiais sem nenhuma visão do que acontecia lá dentro.

- Deve haver algo que queria. Diga e podemos ponderar sobre isso. Mas sem soltar alguns dos reféns, não poderei fazer nada. – a voz grave do policial fez-se ouvir novamente pelo megafone.

Peguei meu bloco de anotações e sai perguntando entre os curiosos. As histórias variavam muito e nenhuma tinha um nexo causal em que eu pudesse me ater para que minha redação se tornasse a primeira página do Seattle Post na manhã seguinte.

Aproximei-me dos policiais que tentavam conter os curiosos que se aglomeravam atrás da fita de contenção. Puxei assunto com um policial alto e meio fora de forma. A barriga protuberante inclinada à frente e, eu ficava tentando imaginar se ele era algum policial que corria atrás de bandidos. Mas logo esse pensamento pareceu absurdo, uma vez que ele não agüentaria nem cinquenta metros ostentando aquele peso.

Só consegui um sutil ‘mantenha-se afastada moça’. Eu retirei minhas credenciais da bolsa e sacudi no nariz dele, ou pelo menos tentei, no auge dos meus 1,64 metros de altura contra os quase 1,80 dele.

Ele me fuzilou com olhos nervosos e repuxou um pouco o canto da boca. Nem precisou responder, já havia entendido a negação em seu semblante. Como eu poderia cobrir tudo aquilo sem poder me aproximar?

Sai do meio da multidão e dei a volta, procurando uma brecha na segurança. Até que Kevin me segurou pelo braço e me puxou para o lado dele.

- Vou distrair aquela guarda ali. Você corre para lá. – ele apontou o local para onde eu deveria ir. Eu só assenti com a cabeça e o vi ir em direção a moça morena, baixinha de farda azul.

Eu fiquei observando o cabelo cor de fogo dele balançando desgrenhado no vento. O rosto da policial tinha feições graves e rígidas, mas um sorriso suave foi se formando, à medida que Kevin conversava com ela.

Ele olhou para mim rapidamente, piscando e sorrindo vitorioso. Colocou a mão direita no ombro esquerdo dela, girando-a delicadamente para o lado oposto de onde eu estava. Minha deixa. Passei rapidamente por entre alguns curiosos que ali estavam, me esgueirei por entre os carros patrulha, passei por baixo da fita de contenção e corri até chegar ao lado de uma viatura preta.

Eu só identifiquei que era uma viatura por causa da luz vermelha piscando no giroflex em cima do capô. Não fosse esse detalhe, seria uma Blazer como qualquer outra. Fiquei ali meio agachada atrás daquele carro enorme, olhando tudo o que acontecia diante do banco.

Pulei sobressaltada quando uma mão forte me apertou o ombro. Fiquei em pé e rígida, olhando para o moreno alto, olhos verdes profundos, boca bem delineada e um rosto levemente quadrado. Ele vestia um jeans justo, camisa branca por baixo de uma jaqueta preta.

- Não devia estar aqui. É perigoso. – falou numa voz gentil.
- Preciso estar aqui. Senão perco o emprego que comecei hoje. – gemi nitidamente nervosa.
- Não seria bom se perdesse o emprego. – ele olhou minha mão, pegou-a delicadamente e pegou a credencial que eu espremia na palma. – Srta. Soares. Repórter. Devia ter imaginado. – sorriu e me olhou dentro dos olhos, me senti completamente despida nesse instante.
- E você é? – engoli seco e criei coragem.
- Agente especial Gallanhan. Alan Gallanhan, FBI. – falou em tom solene.
- Soares, Caroline Soares, futura ex-repórter. – respondi desanimada.
- Posso ajudá-la quanto a isso. – ele piscou e sorriu.
- Sério? Como? – retribui com meu melhor sorriso.
- Só vou dizer o que me é permitido. Quanto ao resto, a Srta. terá que correr atrás.
- Sem problemas. – estendi o bloco de anotações novamente e comecei a escrever enquanto ele falava.

- Mas por que o FBI está nisso? – foi minha última pergunta.
- Desconfiamos de que esse grupo seja muito maior e estejam por trás de roubos e mortes ocorridos em todo o lado oeste, desde a Califórnia até Washington, na última década. Acabei de ser nomeado para o caso. O outro agente encarregado desapareceu, enquanto investigava um assalto parecido com esse, na semana passada em Porland, próxima a Vancouver, mais ao Sul do Estado de Washington.
- Eu sei onde fica Vancouver e Porland. É divisa de Estados, Washington com Oregon. É tão nítido assim que não sou norte americana? – minha voz saiu mais rude do que planejava.
- Desculpe pela aula inoportuna de Geografia. Seu sotaque é sutil, mas seu nome sugere algo mais latino. Talvez brasileiro. Tenho amigos na Polícia Federal do Brasil. – sorriu explicando-se.
- Estamos fugindo do foco! – lembrei-o.
- Certo. Hora de sair daqui. Lá vem o xerife linha dura. – falou desmanchando o sorriso quando o policial do megafone se aproximava.

- Quem é ela? – ele olhou-me de cima a baixo. – Se não é policial não devia estar aqui!
- Ela está comigo. – falou Alan encarando sério o senhor durão.
- Estamos no meio de uma negociação! Se ela não pude ajudar então que vá embora. – o xerife esticou o dedo indicador e colocou no peito de Alan, que olhou para o dedo se afundado em seu peito com nítido desprazer. – Não gosto de vocês do FBI mexendo em tudo e fazendo perguntas. Só nos dá mais trabalho.
- Ela já está indo embora. – falou entre dentes e me puxou pela mão.
- Acho bom! – bufou o nanico metido a durão.

- Desculpe por isso. Não quero dar motivos para ele reportar meus atos a corregedoria.
- Então você é o tipo de agente que não segue regras? – falei em brincadeira, mas ele me olhou surpreso e entendi que ele era exatamente assim. – Ah!

O que se seguiu foi muito rápido. Um estrondo e alguns estampidos ecoaram. Alan me jogou no chão e pulou sobre mim para me proteger. Um pouco de fumaça e gritos, ergui a cabeça quando Alan se ajoelhou e passou a mão em meu rosto.

- Você está ferida? – perguntou preocupado.
- Acho que não. – respondi automaticamente. – O que aconteceu?
- Não sei ainda...

- NÃO ESTAMOS INTERESSADOS! – gritou o bandido pela fresta da porta do banco.
- SE NÃO SAIREM E SOLTAREM OS REFÉNS TEREMOS QUE INVADIR. – gritava de volta o nanico com o megafone nas mãos.

Cinco minutos de silêncio, apenas murmúrios das pessoas que não correram após a explosão e tiros.

- QUEREMOS A IMPRENSA. MANDE UM REPORTER AQUI E SOLTAREMOS ALGUNS REFÉNS. – falou o bandido.
- NADA FEITO! – gritou de volta o nanico careca.
- VOCÊ QUERIA UM ACORDO. MANDE UM REPORTER E SOLTO TODOS OS REFÉNS. ÚLTIMA OFERTA. – o bandido puxou a moça que ele mantinha em seu poder, protegendo-o como um escudo encostado em seu peito. Segurou forte os cabelos dela, atirando para cima. Ela gritava apavorada.
- ESTÁ BEM! Está bem!– concordou o xerife rabugento.

Alan segurou meu braço e foi me puxando. Eu relutei e ele me segurou diante dele.

- Vai embora! Agora! – grunhiu.
- Eu posso ajudar. Sou repórter. – falei alto demais, porque o xerife olhou para trás e me encarou.
- Você, venha aqui? – ordenou o carequinha.
- Ela não tem nada com isso xerife Hudson.
- Agora tem. – ele encarou Alan.
- Não pode fazer isso! Não pode entregá-la para aqueles bandidos.
- A vida dela em troca de trinta. Além do mais, não acredito que iriam fazer algo de ruim com ela. Para que pediriam um repórter se tivessem a intenção de matá-lo? – concluiu com desdém.
- Ele tem razão. – eu e minha boca grande. Por que fui me meter ali afinal? Eu devia ter ouvido meus tios e ter feito medicina ou fisioterapia. Estaria segura em meu aconchego feliz agora.

- Não quer fazer isso. Está louca? – a voz de Alan era preocupada e eu me perguntava por quê. Afinal, mal nos conhecíamos.
- Talvez. Mas se não fosse não teria escolhido jornalismo internacional. Teria? – dei um sorriso torto e acho que o convenci.
- Tome cuidado. – ele me abraçou de forma amável e eu senti segura entre os braços dele. E meus pensamentos voltaram-se para o dia em que cheguei a Seattle, quase uma semana atrás. Entre os braços de Alan Gallanhan me recordava do rosto perfeito e olhos cor de bronze do rapaz que conheci na calçada em frente ao aeroporto.



****


Continua...

sonhadora

sonhadora
Aspirante a Pecadora
Aspirante a Pecadora
Estou adorando esta CROSS FIC. Está empougante, sedutora. Confesso, estou seduzida por esta história. E louca por mais.
Parabêns KRISTY. Sua imaginação é surpriendente.
Abraços !!!

KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
Senhora das Tentações
Obrigada sonhadora!!!

Vou postar as outras que já finalizei. Assim vc terá mais fics para ler... rsrs
A Carolzinha é quem está escrevendo a parte dela. Estou esperando o próximo cap. já tem mais de duas semanas, já cobrei e ainda nada... vou puxar a orelha dela de novo! rsrs

Estou super feliz que esteja gostando! viv

KristyAnne

KristyAnne
Senhora das Tentações
Senhora das Tentações
7ª Parte:


- Você está me deixando tonto! – grunhi.
- Deixa de ser rabugento Edward! – Alice jogou algumas almofadas em mim e todos na loja olharam em nossa direção.
- Pare com isso! Já chega o caminhão de coisas fúteis que comprou, para que quer um sofá com tantas almofadas?
- Sua casa mais parece uma mansão de filme de terror. Sem móveis o suficiente para preencher os espaços. Sem cor, sem vida, vou deixar tudo lindo e deslumbrante antes de voltar para Forks. – ela dava gargalhadas exultantes, enquanto deslizava pelos corredores da loja.
- Eu mereço isso! Faça como quiser. Quando for embora eu me desfarei de tudo, de qualquer forma. – lancei a ela meu olhar de desdém e ela deu de ombros, já perto das prateleiras de carpetes e cortinas.

Deixei-a distraída pelos corredores e comecei a caminhar desatento através da loja. Mexia em alguns objetos de decoração quando percebi uma movimentação pela rua. Fui até a entrada da loja e vi carros patrulha estacionarem no fim do quarteirão, policiais afastando os curiosos e outros passando aquelas faixas de contenção amarelas.

Logo uma Blazer preta, filmada, último modelo, percorria devagar por entre as pessoas aglomeradas na rua. Uma policial afastou dois cavaletes que impediam o trânsito, deixando o veículo entrar no círculo de viaturas. O giroflex no capô sugeria polícia, e eu supus que fosse alguém mais qualificado do que os policiais locais.

- Não se preocupe. Ela vai ficar bem. – sussurrou Alice no meu ouvido.
- Quem? – perguntei confuso. Eu não estava pensando em ninguém e ela tentava bloquear seus pensamentos para que eu não os ouvisse.
- Se eu contar agora, talvez você tente fugir. Vou deixá-lo descobrir sozinho. – ela riu e se afastou, absorvendo-se nas compras que ainda pretendia fazer. Tentei ouvir seus pensamentos, mas Alice focava sua mente nas almofadas lilases e azuis que pretendia comprar.

Fui até a calçada e fiquei ali de pé, braços cruzados observando tudo atento. Uma minivan branca com ‘Seattle Post News’ estacionou a poucos metros de onde eu estava. Observei o rapaz magro, branco feito leite, com cabelos excessivamente ruivos descer do lado do motorista. Ele deu a volta e, após uns minutos, o vi do outro lado da rua com uma câmera Nikon Profissional em punho.

Tirava foto de tudo que via. Olhei em direção ao meio do círculo de viaturas. O megafone da polícia soava os dizeres ‘O local está cercado! Não tem como fugir! Liberte os reféns e poderemos entrar num acordo!’ e a resposta, ‘Sem acordo!’ me fez esboçar um sorriso. Humanos são tão previsíveis e mesmo assim fazem tudo da maneira mais difícil. Era óbvio que não haveria acordos. Pelos menos, até que a polícia desse alternativas, o que não ocorria naquele momento.

Observei o homem alto de jaqueta preta descer da Blazer. Ele foi em direção aos policiais, falou com alguns e depois com o que segurava o megafone. O baixinho careca era engraçado. Lembrava um palhaço desses programas humorísticos antigos. Pareceu-me que o policial não tinha ficado feliz com a presença do homem da jaqueta preta.

Logo vi o cabelo ruivo do fotógrafo atravessar meu ângulo de visão novamente, ele acenava para alguém e, como não deve ter sido visto, entrou em meio aos curiosos e puxou esse alguém de lá. Não conseguia ver a pessoa com que ele conversava, pois estava de costas e a multidão indo e vindo entre eles não ajudava.

O ruivinho apontou para o lado, na direção que estava a Blazer. Ele foi até lá e a pessoa esperou. Logo ele tirou a policial do caminho e quando aquela pessoa correu, vi que era mulher. Não dava para distinguir no meio daquele turbilhão de gente.

Ela se agachou perto da Blazer e foi engatinhando até a traseira. Olhava pelo canto em direção ao banco. O dono do veículo se aproximou e a levou dali. Eu caminhei alguns passos para vê-los. Minha curiosidade aumentara com a cena. Consegui encontrar a dupla atrás das viaturas do outro lado.

Continuei caminhando e quando dei por mim, já estava a meio metro da faixa de contenção. As pessoas começaram a correr, tiros surgiram pela porta do banco e uma bomba caseira foi jogada na direção dos policiais.

Agora eu estava com a faixa de contenção batendo em minha cintura. Com olhar fixado nos dois caídos no chão. O rapaz a ajudou a levantar e então a discussão da polícia com os bandidos recomeçou. Não entendi muita coisa porque eu continuava fitando os dois. Ele puxando-a pelo braço, querendo tirá-la daquela confusão.

Então eu ouvi quando ela gritou ‘Eu posso ajudar. Sou repórter’. Eu não entendia por que estava tão interessado naqueles dois até ouvir a voz dela. Era familiar, doce, frágil e cheia de força ao mesmo tempo.

O policial a chamou e o outro discutiu com ele. Quando ele a girou e a abraçou, consegui finalmente ver seu rosto. A garota do aeroporto. Era disso que se tratava. Era ela quem Alice se referia. Eu jamais pensei vê-la novamente e, agora, eu não conseguiria imaginar sair dali sem ao menos saber seu nome.

Ela se desvencilhou do abraço do policial e foi até o baixinho do megafone. Ele tocou o ombro dela como se desculpando por qualquer coisa. Ouvi em seus pensamentos o absurdo que estava fazendo e logo ele recomeçou a falar naquele instrumento barulhento.

- TEMOS O QUE PEDIU. FAREMOS A TROCA IMEDIATAMENTE. – limpou a garganta e continuou. – ELA VAI ATÉ A METADE DO CAMINHO, VOCÊS LIBERAM OS REFÉNS, QUANDO FALTAR APENAS A MOÇA QUE ESTÁ COMO ESCUDO, VOCÊS A SOLTAM E A REPÓRTER TERMINARÁ O CAMINHO.
- A MANDE QUANDO O PRIMEIRO REFÉM ATRAVESSAR A RUA. – respondeu a voz grossa dentro do banco.

Nesse momento eu estava dentro do círculo de viaturas. Nem me lembrava quando havia atravessado a faixa de contenção. Nenhum policial me vira e ainda estavam absortos na troca que não notaram minha presença.

Os primeiros reféns saíram do banco e, uma menina de uns quinze anos chorou ao ser amparada por um policial barrigudo. O nanico empurrou a jovem repórter para o meio da rua. Ela ficou ali parada, tremendo feito bambu verde em noite de tormenta, até que um dos bandidos encapuzados apareceu na porta do banco segurando uma mulher pelos cabelos.

Ele apontou o rifle com mira laser na cabeça da repórter, enquanto a mulher caminhava lentamente pela rua até ficar diante da outra. Eu ouvi o sussurro dela ‘O-o-obrigada!’ ao passar.

Trinquei os dentes, minhas mãos em punho ao lado do meu corpo. Dei um passo adiante, era preciso acabar com aquela insanidade. A jovem olhou para trás hesitante, procurava alguma coisa e encontrou meus olhos, tirando minha concentração.

Fiquei paralisado. Não me sentia assim há muito tempo. Eu já a tinha visto, a ajudei a conseguir um táxi e só. Depois daquele episódio eu não pensara mais nela. Por que agora, em meio aquela confusão, eu sentia necessidade de tê-la perto de mim? Seria o suspense do momento? Talvez a incerteza e surpresa no olhar dela ao me ver ali?

O homem encapuzado gritou ‘Entra logo ou morre ai mesmo!’, ela virou-se relutante e desapareceu pela porta de vidro. Descongelei de meu atual estado e comecei a caminhar atrás dela, até uma mão delicada me segurar forte.

- Ainda não! – ordenou Alice.
- Ela vai morrer. – relutei.
- Essa sua mania de querer proteger suas mulheres não resultou em nada de bom para você até agora. Estou errada? – ela me encarou reflexiva.
- Alice! – não consegui terminar. Ela tinha razão. Toda vez que eu agia sem pensar, colocava quem eu amava em perigo.

E esse pensamento me pegou de surpresa: quem eu amava. Depois de Bella, eu nunca me imaginei amando mais ninguém, até aquele segundo. Até ler nos olhos daquela desconhecida a felicidade em me ver. Como isso era possível? Nem sabia o nome dela, nem ao menos cogitei essa possibilidade quando a vi perdida na calçada uma semana atrás.

- Venha. Você precisa se preparar para o que está por vir. – Alice me puxou para longe da confusão.

Antes que pudéssemos sair ilesos, o policial da Blazer nos percebeu. Aliás, ele havia me percebido quando ela me olhou. Dentre os inúmeros pensamentos que eu ouvia sem conseguir bloquear, o dele era o mais nítido para mim. Ele gostava dela e não estava nada feliz por ela ter olhado para mim e não para ele.

- O que fazem aqui? Civis não são permitidos. Policial, tire-os daqui. – seu pedido soou como ordem e a policial se aproximou de nós.
- Como pode deixá-la fazer essa estupidez? – perguntei irritado.
- Não deixei. Não sou dono dela. – grunhiu. – E você é algum parente? Amigo?
- Não. Mas...
- Então não tem direito algum de estar invadindo um cerco policial.
- Vem Edward! – pediu novamente Alice. – Ela vai ficar bem. Confie em mim.

Eu só me deixei levar porque Alice tinha absoluta certeza de que a moça ficaria bem. Normalmente suas visões são mutáveis, mas parecia que, quem quer que seja que estivesse com ela, sabia exatamente o que queria e não iria mudar de idéia. Pelo menos, era nisso que me apeguei, para não surtar e correr pela rua até o banco e acabar com cada um deles.

- Por que me impediu? – falei já dentro do carro.
- Porque o sol vai aparecer daqui cinco minutos. Não percebeu que parou de garoar e o vento mudou de direção? Além do mais, eu não via você lá dentro. Falei sério quando disse que ela ficaria bem.
- Não entendo essa sua certeza. – sussurrei.
- Eles só querem contar a história deles. O outro lado da notícia. Eles não irão machucá-la. Vão soltá-la a noite e você vai buscá-la. Ela estará assustada demais e precisará de um ombro amigo.
- Não sei se consigo esperar até a noite.
- É preciso Edward. Qualquer tentativa de resgate e eles não pouparão a vida dela.
- Tudo bem Alice. Estou convencido.

Passei o resto do dia dentro do carro, parado na rua atrás do banco. Por volta da meia noite, ouvi disparos e gritos. Um tumulto na frente do banco, como Alice havia previsto. Era uma distração, para que o chefe do bando fugisse. A porta dos fundos se abriu e um rapaz magro, fisionomia cansada, vestido com um uniforme de vigia, saiu com malas nas mãos. Era seguido por outro, igualmente vestido, segurando a moça encapuzada.

Um carro azul Royal parou na esquina, piscando os faróis duas vezes. ‘Vamos’. Sussurrou o mais alto e, ao chegar ao carro, abriu o porta malas, lançando as malas aparentemente pesadas lá dentro.

Um tiro ecoou no beco, atingindo em cheio o rapaz que segurava a moça. Ele caiu e o mais alto entrou no carro, ‘Vai! Vai!’, gritou. O carro arrancou e o vulto do atirador surgiu das sombras da rua lateral.

Nesse momento, eu acelerei o carro e parei ao lado dela. Desci e a amparei nos braços. Tirei o capuz e vi novamente seus olhos castanhos. Ouvi a respiração dela acelerada, agora ainda mais.

- Ele está morto! Mas que droga! – resmungou o atirador ao verificar a pulsação do bandido caído no meio fio.
- Tem boa pontaria. – comentei ainda mergulhado nos olhos dela.
- Não queria matá-lo. Tenho muitas perguntas. – ele se virou e agachou ao nosso lado, afastou um pouco o cabelo avermelhado dela do rosto. – Você está machucada?
- Acho que já me perguntou isso hoje. – ela riu, desviando rapidamente os olhos dos meus para os dele.
- Acho que sim. – ele a segurou por um braço e eu pelo outro. Ambos a colocamos de pé.
- Eu a levo. – garanti.
- Pode deixar comigo. – retrucou.
- Meninos. Posso andar. Estou bem. – ela se soltou de nós e cambaleou dois passos antes de cair.
- Acho que não. – falei ao acomodá-la em meus braços novamente.

Eu fora mais rápido que ele para ampará-la. A confusão no rosto dele e a fúria em seus pensamentos eram como o gosto de sangue para mim, doce e extasiante. Ser vampiro tinha suas vantagens afinal. Eu ri e ela riu junto.

Claro que não tinha lido minha mente. Era eu o dotado desse poder ali. Mas era como se ela soubesse o que se passava em minha cabeça. Cada vez mais intrigante e, como antes, não conseguia ouvir seus pensamentos, era um amontoado de lembranças e palavras desconexas. Então desisti de tentar e me deixei levar pelo que estaria por vir, como a própria Alice dissera: ‘Venha. Você precisa se preparar para o que está por vir’.



****


Continua...

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